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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Frase Plug-USB do BLOG Pai Coruja

Posted: 24 Feb 2011 05:19 AM PST
“O problema não é decidir com possibilidade de errar, é não decidir com impossibilidade de acertar!”
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Problema todo mundo tem. Sem exceção. E quando me disseram “o problema não é o problema, mas o que você faz com o problema”, concluí impaciente “ok, mas isso ainda é um problema!”.
Sei lá eu o que você faz da vida, mas quando olho pra mim percebo quantos problemas surgem feito lombadas inesperadas na estrada. É problema com gente, com dinheiro, com educação de filhos, problemas de agenda, de comunicação truncada, passados não resolvidos, e até os problemões que secam a garganta: morte, drogas, UTIs, furtos, crises, divórcios, dívidas, prisão e solidão. Pois é! A coisa nunca mudou e – desde quando os “problemas de matemática” custavam minha aprovação na quarta série – percebo que “ser” humano é ser especialista em solucionar problemas. Não era assim no Éden, mas acabou ficando nos últimos seis milênios. E sobrevivemos nos adaptando a isso.
Por falar nisso, semana passada escutei uma daquelas frases célebres que arregalam os olhos da gente numa explosão pirotécnica sob Céu estrelado. Anotei imediatamente no HD indeletável do meu cérebro. O pensador disse: “Problema é uma decisão não tomada.” Naquele momento meu buscador mental mapeou alucinadamente inúmeras situações cuja frase encaixava feito plug USB (conectada a inúmeras possibilidades!). “É isso!”, concluí como Arquimedes gritando ‘Eureka!’, “nós ficamos muitas vezes atolados na fumaça da dificuldade enquanto deveríamos investir o máximo da nossa energia focando a tomada de decisões!” Não é verdade? Os grandes líderes, gestores e personalidades de influência não gastam seu tempo ‘perdendo tempo’ com enigmas indecifráveis, no entanto, já partem impacientemente obcecados por entender, avaliar, arriscar e, corajosamente, decidir. Se precipitação é a deturpação da coragem ousada, procrastinação é a acomodação da covardia medrosa. A questão aqui é como equalizar a prudência nos braços do imprevisível com a sabedoria pra distinguir o que é mais certo do que é apenas confortável. Afinal, no banco de reservas ninguém decide, nem arrisca – mas também não faz gol! Entende por que esta frase incendiou minha apatia?
O livro mais administrativo do mundo também é a maior vitrine biográfica de decididos que pisaram por aqui. Um pirralho cantor arrisca mais que toneladas de saradões indecisos e, até a pedrada encravar na testa do gigante, a única certeza de Davi era ter tomado uma decisão. E quando Abraão decidiu virar nômade arrastando consigo uma cidade inteira de bípedes e quadrúpedes que viviam sob o guarda-chuva do seu sobrenome? Ninguém pode discordar da cara-de-pau de uma mulher amaldiçoada, com seus rastros de sangue pra trás, decidindo arriscar sua vida pra frente: tocando a roupa dAquela Celebridade inexplicável! Já pensou na maluquice ilógica de um General das Forças Armadas depenando seu mega-exercito até ficar só com 300 soldados? E o rei que decidiu obedecer à receita médica de tomar sete banhos numa água que não tinha nada de mais? Todas foram ações escolhidas, e o resultado veio. Claro que também tiveram aprendizes: Moisés socando a rocha, Pedro fatiando a orelha do outro, Paulo mandando seu pupilo “pra rua”, e Elias chispando apavorado com medo de uma mulher maluca. Mesmo assim, a falha humana por decidir sempre foi mais fácil de consertar do que o desânimo da indiferença.
Problema é uma decisão não tomada. Continuo surfando nesta frase sobre as ondas do meu vai-e-vem diário. Escolhemos a cor da tinta pra parede, onde aplicamos nosso dinheiro, se falamos ou calamos, e inúmeras outras opções por aí. O problema não é decidir com possibilidade de errar, é não decidir com impossibilidade de acertar! Sempre fui adepto de outra frase, que agora se reveste de ouro precioso: é melhor errar por fazer do que não errar por nunca fazerQuem quiser sair do anonimato, neste panelão com 7 bilhões de seres vivos dentro, terá de tomar decisões. Sem alternativa! Que tal algumas dicas rápidas pra você sair “de trás da moita” da indecisão?
1 – Identifique o problema. Use um microscópio pra saber o que se passa e ganhe depois o telescópio que lhe trará as vitórias mais distantes.
 2 – Seja imparcial pra cada lado. Derreta os preconceitos, ouça cada versão do fato, liberte-se de apegos pessoais e investigue racionalmente prós e contras.
3 – Aceite conselhos, mas não seja hipnotizado. Você precisa escutar pessoas de confiança, mas ninguém nunca terá a percepção do seu coração. Não despreze aquela sua premonição inexplicável.
4 – Ponha uma noite no meio. Enquanto você baba no travesseiro, o cérebro prossegue com sinapses nervosas. É bom dar um tempo pras outras soluções germinarem – questão de horas.
5 – Ore sem máscaras. Fique de alma nua perante o Altíssimo. Tenha absoluta certeza de que suas intenções são puras e sinceras. Não ouse manipular o Céu com auto-piedade. Seja genuíno.
6 – Tome uma decisão. E pronto! Agora é queimar os barcos e encarar a terra à vista.
7 – Seja humilde pra virar o volante. Ôpa! Reconhecer o erro é muito mais esperto do que a burrice de empacar nele. Verdade! Saia daí logo – ao perceber que entrou numa fria. Acontece!
Viu só? Problema é uma decisão não tomada. A fila dos indecisos dá voltas no quarteirão da vida. E se você não sabe pra onde vai é porque estão lhe empurrando pra lugar nenhum. Já é hora de ousar sair do banco de reservas. Tomo decisões o tempo todo, e quer saber se eu erro? Inúmeras vezes! Mas aprendi encarar mais o desconhecido do que me esconder atrás da zona de conforto.
Outro dia, minha filhinha decidiu que queria encostar no forno aceso. Alertamos do perigo, mas ela cismava que tinha de chegar perto. Até um momento de distração nossa e… lá foi ela com seus dedinhos de anjo tocar no bafo do dragão. O grito veio – as lágrimas também – agora, se você lhe perguntar se quer se aproximar de qualquer fogão no Universo, o que ela diz com seu dedo indicador balançando? “Nã-nã-não!” Sim, ela aprendeu a lição – porque faz parte da vida decidir e encarar o resultado. Por outro lado, ela também sabe onde pode pegar água (de côco!), como levar a fraldinha suja na lixeira, pedir “pá-pá” e “mi-mi”. Estas são outras decisões valorizando sua mini-existência enquanto seguimos juntos – cada um enfrentando seus problemas sem fugir da reta!
E você, quer vencer seus problemas? Em cima do muro, derrota certa! Tomando decisão, quem sabe? “Antes seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não, para não cairdes em juízo” (Tiago 5:12). Os Céus sempre preferirão um aprendiz arriscando se afogar por andar nas águas com Deus, do que o especialista em se esconder titubeando dentro do barco. Tome decisões, sem covardia medrosa, e encare seus problemas confiando nAquele que estará sempre ao seu lado. Talvez você não vire uma celebridade por aí, mas virará um herdeiro da eternidade. Pois o que torna alguém admirável não é o que está ao redor de si, mas a sabedoria consistente de quem sabe pra onde vai.
Decidindo assim, você chegará lá. Persista nisso.

Piano Hipócrita do BLOG Pai Coruja


Posted: 27 Feb 2011 03:31 PM PST
“As belas notas musicais da sua vida nunca bastarão se soarem apenas por um curto prazo.”
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Permita-me deixar bem claro uma coisa: não sou de passar ninguém pra trás, nem faço negócios fraudulentos, muito menos repasso ‘abacaxis com casca’ pro meu próximo. Isto está claríssimo como sol de verão na praia? Então estou em paz. Porque na última semana passei um daqueles momentos que dá vontade de sumir na toca do tatu. Não sabia onde enterrar a cara! É que nos mudamos para um lugar charmosamente menor e precisamos vender algumas coisas – incluindo nosso impecável piano preto esmaltado. Foi uma estocada na alma repassá-lo a outros, mas não houve alternativa. Anunciei por R$ 5500,00 – preço justo por um Essenfelder com som de arcanjos em perfeitíssimo estado. Dois meses depois, e sob um ataque fulminante de desgosto, sabe por quanto ele foi vendido? R$ 1200,00 mais um McLanche Feliz de brinde! Calma, não sou nenhuma Madre Tereza dos negócios, você vai entender!
É que um especialista veio chancelar a categoria de meu amado instrumento e, depois de umas batidas na madeira, ele soltou a granada que estilhaçou minha paz: “Senhor, este piano está carcomido de cupins, e mais de 40% da madeira está comprometida. Só pra reformá-lo dará um trabalhão danado! Sinto muito, tem partes ocas que caberiam a mão inteira de um homem…” Eu sabia que vira-e-mexe um pozinho de serragem caía no chão, mas jamais imaginaria que os “demônios devoradores de madeiras nobres” já estavam construindo uma Manhattan inteira lá dentro – e há mais de 4 anos! Revoltado, aceitei a proposta ultrajante do técnico que ainda profetizou: “de uma hora pra outra, este piano simplesmente ruiria sob seus dedos – cupim é uma praga desgraçada!
Mas, e os sons angelicais sob a pintura negra espelhada feita o Lago dos Cines?”, não me conformava naquela noite de insônia com minha esposa. Ele foi nosso hobby por tantos anos, sem contar que tocar piano, pra nós, sempre foi um fetiche romântico (nós nos conhecemos, e nos apaixonamos, tocando muitas vezes juntos em eventos do colégio). E agora, literalmente, estávamos com um Cavalo de Tróia Musical abarrotado de um exército roedor dentro. Frustrante! Rendido, e pela primeira vez na vida, detectei a hipocrisia de uma obra de arte com 88 teclas.
Sabe o que é hipócrita? Segundo o Wikcionário, quer dizer: “fingido, que não age de acordo com as idéias que demonstra ter”. Mas, pare aí! Se você está gastando seu precioso tempo vasculhando alguém pra apontar, baixe já este dedo e ponha sua mão na consciência. Até que ponto não agimos igual meu ‘falecido’ piano? Já viu carro alegórico na Sapucaí? É uma explosão visual de luzes, cores e brilhos – mas, na verdade, é feito de isopor, celofane e pena de pavão. E o glamour de uma vitrine chique na parisiense Champs-Élysées? Se faltar a solidez estrutural no madeiramento de seus porões ninguém vê. E o caçula fingindo “ser peludo como ovelha”, enganando o pai cego, só pra roubar a primogenitura do irmão? (Está em Gênesis 27!) Conosco é a mesma coisa: falamos, impressionamos e flertamos – como melodia sedutora aos ouvidos conquistados – mas se a madeira estiver bichada, cedo ou tarde, a música sumirá, inesperadamente.
Um dia, Jesus também cruzou com um piano – de tronco, ramos, raízes e um Dilúvio de folhas radiantes. Seu brilho esverdeado refletia os raios do Sol feito um farol no parque. Era uma figueira que atraía qualquer um com seu encanto de sereia. Cristo chegou até ela e, não sendo o primeiro nem único naquele entardecer, procurou a confirmação da sua majestosa performanceos frutos. Mas não havia um sequer! Aquela árvore cinematográfica não tinha nem bolotinhas mirradas, muito menos figos suculentos. O olhar divino penetrou da ponta subterrânea da raiz atravessando até a folha mais cintilante do topo. Ele não fez nada, só deixou-se revelar como o Maior especialista em pianos do Universo. Uma noite entrou no meio. Ao amanhecer, pro susto geral do fã-clube dela, a figueira secou parecendo ter passado a noite num micro-ondas na potência máxima. Era só pele e osso, ou melhor, madeira seca e galhos retorcidos. Injustiça divina? Pense bem! Cristo não amaldiçoou a figueira, apenas revelou que ela já estava amaldiçoada. Parece duro, eu sei, mas na verdade Ele não fez nada que ela não tivesse dentro de si mesma: aridez, desnutrição, esterilidade e contradição. Só que o denso cobertor de folhagens por fora distraía todos da percepção do vazio que imperava dentro. Ou seja, o problema da figueira nunca foi não ter frutos, mas sim, ter folhas demais. Por isso elas sumiram (Marcos 11).
Meu piano soava lindo quando meus dedos dançavam sobre o teclado preto-e-branco, mas não duraria muito. E quer saber? As belas notas musicais da sua vida nunca bastarão se soarem apenas por um curto prazo. Tocar muito não garante tocar sempre – e, ao menos eu, fui feito mais pro sempre do que pro muito. Agora, já percebeu como a artimanha do parecer, e não ser, provoca a obsessão pelo ter? Por aí afora, ostentar um inebriante colar de diamantes é muito mais sedutor do que cultivar um caráter brilhante. Não se renda à ilusão das posses materiais, pois a maior de todas elas não se compra, se conquista: coerência.
Preparado pro pior ainda? O mais grave não é quem finge, mas quem nem sabe que está fingindo. Outro dia me lasquei tentando ser o mega-pai. Cheguei em casa cansado, não tinha almoçado, estava irritado com as irritações de uns irritantes, a chuva gelada lambeu meu cangote, quase caí numa poça ao sair do carro e, finalmente, passei pela porta travestido de simpatia fútil: “Oi, filhinha linda do papai!” Ela me olhou intrigantemente e, com a mesma rapidez que virou seu corpinho na minha direção, desvirou-o na direção da mãe, escondendo-se por entre suas pernas maternas. “Amor, isso soa falso! E criança saca na hora!”, a onisciência feminina me surpreendeu. É verdade! Fiz papel de tolo achando que estava abafando. Por outro lado, já viu como uma pessoinha de 2 anos é assustadoramente sincera? Ela pode ter uma constelação de defeitos-mirins, mas ser fingida é impossível. Não sabe “fazer social”, não entende de “fazer lobby”, nem disfarça sob regras de etiqueta. O que ela é – é o que é! – ponto final. (Imagina meu chefe simpático levando dela um “nããão!” com uma “coiçada” de cara daquelas!) Daí você entende por que o Mestre colocou um garotinho no Seu colo, ignorando uma gangue inteira de PhDs e MBAs, condecorando-o como Personalidade do Ano? Ainda profetizou: “a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mateus 18:3).
Uau! Pianos, figueiras, Jardins da Infância e carros Abre-Alas têm muito a nos ensinar. Hipocrisia não é ter, ou não, cupins – mas seguir se exibindo normalmente sem avaliar a consistência da madeira. Faça um check-up com o Especialista Divino. Não tema as batidinhas reveladoras lhe mostrando o diagnóstico. Preferirei sofrer um pouco descobrindo agora do que me iludir até desabar feito sepulcro caiado (Mateus 23:27). Pesado? Talvez não, pois ainda há a esperança chegando de carona na oportunidade. Todos, em algum momento, e sem exceção, já provocaram o galo cantar três vezes (Mateus 26:75). Mas a verdadeira melodia do perdão soa pra todos após o domingo da ressurreição. Por isso, o Pedro dissimulado daquela noite, nem de longe foi o mesmo Pedro crucificado de cabeça pra baixo – sua coerência reconquistada não admitiu mais “parecer algo” nem na hora do seu martírio. E suas notas musicais soarão por um longo prazo.
E você? Lembre-se que sua vida é um instrumento musical feito artesanalmente pelas mãos do Criador. É uma peça rara soando acordes a todos que passam por você. Que tal pedir a Deus pra reformar seu interior? Não digo a casca exterior que uma boa maquiagem, ou um elegante nó de gravata, disfarçam – mas, aquele núcleo existencial que sustenta firmemente seu caráter. Ele consegue consertar tudo. O cinzel divino pode raspar o que não condiz lá dentro deixando-o consistente tanto por fora quanto no coração. Então você poderá fazer música tranquilamente, afinadamente e… por um bom tempo!
Bravo!